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  • Foto do escritorArtemídia

Meio milênio sem Da Vinci

Artista, pintor, matemático, inventor, arquiteto e muitas outras ocupações – cinco séculos da morte do mestre do Renascimento que até hoje surpreende e inspira os amantes da arte.


"Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça" - Leonardo Da Vinci

Há 500 (quinhentos) anos, morria, em Amboise, na França, aos 67 anos, o mais icônico artista renascentista de todos os tempos, Leonardo Da Vinci. O gênio italiano deixou uma legião de fãs apaixonados e inúmeros segredos, que até hoje, despertam a curiosidade dos que dedicam a vida a desvendar os seus mistérios.


Acredita-se que Leonardo Da Vinci desenhou esse auto-retrato quando tinha por volta dos 60 anos de idade.

Considerado um artista original, excêntrico e as vezes, até bizarro, Da Vinci não frequentava faculdades, não falava grego ou latim, ou mantinha costumes semelhantes aos da classe erudita. Reservado, pouco se sabe sobre sua vida pessoal, sua intimidade, sempre mantida em segredo, aguçou a curiosidade de muitos estudiosos, tornando, principalmente, sua sexualidade, objeto de estudos, análises e especulações.


Tido como um homem que viveu muitas épocas em uma única vida, Da Vinci, pensava a frente de seu tempo. Autor de diversas invenções como paraquedas, traje de mergulho, máquinas voadoras, entre muitas outras, o inventor era considerado um polímata – pessoa sábia com profundo conhecimento em muitas áreas.


Com trabalhos reconhecidos nas áreas de engenharia, urbanismo, hidráulica, anatomia e claro, artes, o gênio toscano acumulava funções. Mesmo sendo um apaixonado pela vida, o artista criou inúmeros sistemas defensivos para aqueles que o contratavam como estrategista, a exemplo do nobre cardial italiano, César Borgia.


. O salvador do mundo


A obra ‘Salvator Mundi’ – que até hoje gera discussões sobre a verdadeira autoria, há suspeitas de que foi pintado por um dos aprendizes de Da Vinci – representa Jesus Cristo, o ‘salvador do mundo’, segurando uma esfera com a mão esquerda. A tela, considerada a mais cara de todos os tempos, foi arrematada anonimamente por US$ 450 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) em um leilão.


Meses após a compra astronômica, o museu Louvre de Abu Dhabi anunciou a aquisição do quadro, mas sem explicar se foi através de empréstimo, doação ou compra. De acordo com notícia veiculada no Jornal O Estado de S. Paulo, no dia 2 de abril, o quadro estaria desaparecido, inclusive, este teria sido motivo do cancelamento da mostra que estava marcada para setembro do ano passado. A obra já esteve perdida por mais de um século e foi reencontrada em 2005.

Ainda há discussões sobre a verdadeira autoria desta obra, há suspeitas de que foi pintada por um dos aprendizes de Da Vinci.

Dificilmente no mundo, há alguém que não tenha ouvido falar da mais icônica tela de Leonardo, Mona Lisa, A Gioconda ou ainda Mona Lisa del Giocondo, como a obra também é conhecida.


Pintado à óleo sobre madeira entre os anos 1503 e 1506, o quadro mais famoso e copiado de todos os tempos está exposto no Louvre, em Paris – museu mais visitado do mundo e que segundo a Agence France-Presse, bateu recorde de visitação em 2018, recebendo 10 milhões de visitantes.


O icônico sorriso de Mona Lisa e suas mais variadas interpretações inspirou textos, músicas, filmes e muitas outras formas de arte. Muito se estudou e se estuda, sobre quais seriam os sentimentos por trás de seu olhar e de sua expressão carregada de intensidade.


Ainda há discussões sobre quem seria a (o) modelo que posou para o pintor, esse continua sendo o maior mistério em torno da obra. Algumas teorias dizem que pode ser tratar de uma mescla de um rosto feminino e masculino, outras vão mais além e afirmam se tratar do próprio Leonardo Da Vinci trajando roupas femininas.


Em 2014, o governo francês de François Hollande, estudou a ideia de vender o quadro para ajudar a sanar as precárias finanças públicas. Na época, seu valor de mercado estava na casa dos US$ 2,5 bi, o que seria mais de R$ 5,5 bilhões.


Mona Lisa é o quadro mais famoso e copiado de todos os tempos. Atualmente está exposto no Louvre, em Paris.

. Obras inacabadas


Uma das características de Leonardo que deixou curiosos muitos fãs ao redor do mundo é a de não acabar muitas das obras que começava.


'Adoração dos Magos', por exemplo, uma das telas mais misteriosas do artista, pintada entre 1481 e 1482, foi encomendada por monges agostinianos para a igreja de San Donato de Scopeto, em Florença. Da Vinci deixou a obra incompleta após uma ida repentina a Milão. Hoje, a peça faz parte da vasta coleção da família Medici.


'Adoração dos Magos' - Foi encomendada pelos monges da Igreja de São Donato de Scopeto, em Florença.

Outra icônica e inacabada obra do pintor é o painel feito no Palazzo Vecchio, em Florença, que retrata a Batalha de Anghiari. A pintura, feita em 1503, foi finalizada por outro grande artista da época, seu concorrente, Michelangelo.

'A Batalha de Anghiari' - é um afresco que retrata a vitória dos florentinos sobre os milaneses em 29 de junho de 1440, através de um acirrado confronto pela disputa de território.

Esta particularidade de Leonardo pode ser associada à sua vasta lista de ocupações, uma vez que o artista multitarefa preenchia seu tempo realizando todo tipo de atividades. Há quem diga, inclusive, que seu encanto por tudo fez com que não se dedicasse totalmente em nada.



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